31 janeiro, 2017

'Não há luar como em Janeiro nem sol como o de Agosto'

Ao contrário das minhas boas intenções de conseguir um equilíbrio entre os meus horários laborais e os meus horários de final de tarde, voltei este mês a ter de fazer malabarismos para chegar a todo o lado.
As meninas cresceram muito. A Carminho está pertinho dos 4 anos e a Nô está com 1 ano e 5 meses.
A Leonor deixou o sling quando regressamos da creche, pede a mão da mana, faz fitas de se mandar para o chão quando lhe é negada alguma coisa, dá abracinhos com a maior ternura do mundo.
A Carminho é a mana doce e compreensiva, ajuda a Leonor no que ela precisa, chega-lhe as coisas, tira-lhe o casaco quando chegamos a casa, dá-lhe a provar gulodices que nós não lhe daríamos (e que normalmente negamos também à C).
Só na cama, nas várias noites que nos aconchegamos os 4, a Carminho não quer ficar ao lado da Leonor porque ela lhe puxa o cabelo :)
São queridas, meigas, amigas, parecidas fisicamente - diferentes no feitio - e este amor que nos une é infinitamente superior à exigência destes primeiros anos. 

 ❤


12 janeiro, 2017

Primeira semana de 2017

Procuro o bom no meio destes dias e encontro a serenidade, a doçura, o amor profundo, a relação entre mãe e filha que desejava que fosse para sempre com esta intensidade.
A bênção que é poder ficar em casa com um filho doente. Sim, escrevi mesmo isto e pensei como seriam os seus dias se não estivesse estado lá.
Certamente passariam bem, ela melhorava e tudo se passava de forma idêntica.
Na verdade, esta possibilidade de ficarmos em casa a dar assistência aos nossos filhos, em princípio sem consequências profissionais diretas, tem para mim muito valor.
Estive em casa com a Carminho 6 dias.
Ouvi-lhe a voz rouca, as palavras ditas de forma atabalhoada entre o nariz entupido, o mimo e a vontade de estar quieta, os pedidos de colo constantes, os abracinhos, as observações e as perguntas tão dela:

“Mãe, podes brincar um bocadinho com a mana para ela me deixar sossegada?”

A sesta era adiada mil vezes. Primeiro porque queria água. Depois porque queria um lenço. Depois a chucha. Depois tinha frio e queria mais roupa. Depois tinha o nariz a arder. Depois perguntava se não podia lhe dar mais xarope cor de laranja. Depois, afinal queria fazer xi-xi.

Num dos dias, à noite, perguntou-me:
"Mãe, onde está São José?"
"Está no céu" - disse-lhe sem perceber muito bem a pergunta.
Ela respondeu-me que não estava, que está no presépio. E de seguida: “Mentiste mãe?”

Tantas pequenas conversas que perdemos quando cada uma de nós está nos seus trabalhos.
A bênção que é poder ficar em casa com um filho doente ❤

04 janeiro, 2017

Bom ano novo

O que mais desejo para 2017 é saúde, paz, amor e trabalho (para mim, para os meus, para todos).
Ainda que pareça um lugar comum não me sinto bem em desejar mais do que estes bens simples mas tão, tão preciosos.
No entanto, e porque é tempo de ver as coisas com uma lufada de ar fresco, sinto um impulso para rever prioridades, estabelecer metas, delinear planos.
E neste 2017, vou procurar mais equilíbrio e maior compromisso comigo mesma. Com tudo o que isso implica e significa.
Votos de um ano tranquilo, feliz e generoso ❤