25 junho, 2016

Uma festa especial

O Baptizado da doce Leonor está marcado e ainda que tenhamos esperado este tempo todo para o celebrar em conjunto com o 1º aniversário, acabámos por antecipá-lo 3 dias. Faremos duas festas diferentes e todos ganhamos com isso! {uma grande e uma mini mini :)}

Como as listas vieram para ficar na minha vida, escrevi alguns pontos a seguir para preparar o próximo dia 31 de Julho!

Não necessariamente por esta ordem, mas partilho alguns pontos a considerar:

1. Escolher os padrinhos e convidá-los (o convite foi muito simples mas a madrinha fez questão de o tornar inesquecível. Ficámos com o coração enternecido <3)
2. Fazer uma lista de todas as pessoas que gostaríamos que estivessem presentes (ou todas as que entendemos convidar - por razões de orçamento, logística ou outras)
3. Marcar o dia, ver disponibilidade na Igreja e perceber que papéis são necessários apresentar. Fazer preparação, se necessário.

13 junho, 2016

125 anos dos Bombeiros de Cacilhas

Estávamos em Agosto. O mês que a Leonor escolheu para nascer.
Era hora de jantar e tudo aconteceu de forma impercetível. À mesa de jantar, todos perto uns dos outros: eu com a Leonor ao colo, a Carminho sentada numa cadeira das nossas e o pai por perto.

A Carminho estava a ajeitar-se na cadeira, com uma perna à chinês, a roupa fê-la escorregar, o pé prendeu e caiu para o lado, sem qualquer proteção. Penso neste momento e ainda hoje congelo por dentro. Estava ali ao lado a dar colo à Leonor e não consegui fazer nada. Foi um ápice.

Nos segundos seguintes, a Carminho ao colo do pai e cheia de sangue fez-me entrar em modo de sobrevivência e ter um discernimento que não sei onde fui buscar.

Peguei-lhe, tentei acalmá-la, coloquei-lhe uma fralda na testa que a tornou muito queixosa, cantei baixinho, embalei-a e liguei aos bombeiros com uma confiança imensa de que me ajudassem (o papá estava muitíssimo nervoso e o facto da Leonor ter poucos dias de vida não me davam muitas alternativas...).

Não me lembro se demoraram ou não. Lembro-me de os ter recebido na sala e de terem em minutos começado a tentar descontrair a Carminho. Fizeram-lhe um boneco com uma luva de silicone; um penso à Minnie e tentaram limpar a testa e estancar o sangue da forma que a Carminho permitiu...

Aquelas duas pessoas foram extraordinárias. Não me lembro dos seus nomes mas tenho bem presente a amabilidade com que nos trataram, o carinho, a disponibilidade e a forma como tão bem se colocaram no nosso lugar.

Não foi a primeira vez que os bombeiros “me salvaram”. Em todas as vezes superaram as expectativas. Em todas as vezes fiquei eternamente grata.



07 junho, 2016

Para me lembrar I

[Porque hoje preciso de reflectir sobre este texto]

A falsa sabedoria deste mundo, que na realidade é loucura (1Cor 3,19), pronuncia-se sem compreender o que diz, considerando bem-aventurados «os filhos do estrangeiro, cuja boca só diz mentiras, e cuja direita jura falso», porque os celeiros deles «estão fornecidos com todas as espécies, os seus rebanhos multiplicam-se aos milhares, em dezenas de milhares os seus campos» (Sl 143,11-13). Mas todas estas riquezas são incertas, a paz deles não é a paz (Jer 6,14), a alegria deles é estúpida. Pelo contrário, a Sabedoria de Deus, o Filho por natureza, a mão direita do Pai, a boca que fala verdade, proclama felizes os pobres, que estão destinados a ser reis do reino eterno. Ele parece dizer: «Procurais a bem-aventurança, mas ela não se encontra onde a procurais; correis, mas correis fora do caminho. Eis o caminho que conduz à felicidade: a pobreza voluntária por minha causa, é esse o caminho. O reino dos céus em Mim, eis a bem-aventurança. Correis muito, mas mal; quanto mais depressa avançais, mais vos afastais da meta.»


Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense
Sermão 1, de Todos os Santos
Evangelho Quotidiano 06/06/16