20 novembro, 2014

Será que sou eu que estou mal?

O tempo que é sempre pouco. A roupa made in Vietname, Bangladesh ou China. A quantidade tantas vezes a impor-se à qualidade. A comida que tem ser rápida porque não há tempo a perder. Os carros que são demasiados. As horas que se perdem no trânsito para se chegar ao trabalho. A estratégia de cada um para ser mais bem visto. A vontade de estar próximo de quem tem influência. A vontade de estar ‘à altura’ (porque o outro também faz; o outro também consegue). As empresas com décadas de história que revelam ter usado maquilhagem até agora. A complexidade da política e a necessidade de se dizer o que as pessoas querem ouvir. Os passos estratégicos de cada um. A capacidade de fazer mal. As telenovelas que encorajam o descartável. A publicidade que altera o significado das palavras.

Nunca como hoje foi tão importante ser verdadeiro. E ser bom.

Sem comentários: