O tempo que é sempre pouco. A roupa made in Vietname, Bangladesh
ou China. A quantidade tantas vezes a impor-se à qualidade. A comida que
tem ser rápida porque não há tempo a perder. Os carros que são demasiados. As
horas que se perdem no trânsito para se chegar ao trabalho. A estratégia de
cada um para ser mais bem visto. A vontade de estar próximo de quem tem influência.
A vontade de estar ‘à altura’ (porque o outro também faz; o outro também
consegue). As empresas com décadas de história que revelam ter usado maquilhagem
até agora. A complexidade da política e a necessidade de se dizer o que as
pessoas querem ouvir. Os passos estratégicos de cada um. A capacidade de fazer
mal. As telenovelas que encorajam o descartável. A publicidade que altera o
significado das palavras.
Nunca como hoje foi tão
importante ser verdadeiro. E ser bom.
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